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Pior filme do mundo: "A Bruxa do Cemitério"

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Mensagem por Luís Eduardo Ter 12 Jan 2010 - 14:34

Não tendo mais o que fazer, decidi ver o que tinha pela internetm então, es que encontro um blog (navalha), comentando seu horrivel encontro com "A Bruxa do Cemitério", leiam o texto.

O Pior Filme do Mundo


Recentemente li em um blog alguns posts sobre os piores filmes do mundo, ou, sendo um pouco menos cruel com o empreendimento cinematográfico alheio, as obras trash mais bizarras jamais criadas por mãos humanas. Seguindo o link vocês terão um bom panorama sobre a genialidade das bizarrices turcas e vários links e fotos à respeito.

Não pretendo repetir aqui o que já foi dito por outros, mas é possível que alguns fiquem confusos com o título deste meu texto. Afinal, falarei mais sobre as insanas obras turcas? Não. Sobre cinema indiano? Não também. "Sessão da Tarde"? Antes fosse.

Falarei sobre aquele que considero o pior filme do mundo -- confesso não mais ter tanta certeza disso depois de ter visto algumas coisas lá do leste europeu -- e ele não vem da Europa, ou da Ásia ou sabe-se lá de onde. O pior filme do mundo é nacional, foi escarrado no interior do Paraná, em Apucarana (uns 500km de Curitiba), e deixou seqüelas no meu bom gosto.

Faz alguns meses quando fui à uma mostra de curtas de terror de diretores paranaenses e lá tive contato com três filmes: um curta sobre uma mulher que engravidava, perdia o bebê e dava um jantar onde, adivinhem só, era servida a carne macia do feto infortunado. Tal ritual parecia se repetir ao longo dos anos, obviamente com novos bebês, e os amigos ingênuos da pobre mulher comiam a criança (no sentido não-pedófilo da coisa) e achavam tudo muito gostoso. Um filme bem fraquinho.

Depois veio o que seria o melhor dos três filmes da noite, uma história tosca de um casal qualquer cuja mulher resolve gastar as economias para comprar um anãozinho de jardim. O marido chega do trabalho e acha o enfeite feio e assustador, além de não gostar do investimento feito por sua esposa. O que se sucede, como já era de se esperar, é que o anãozinho começa, durante a noite, a aparecer em vários pontos da casa, fazendo com que o cara fique aterrorizado. Então ele põe a pequena figura num saco plástico, vai para bem longe e deixa a estatuazinha por lá. No entanto, quando ele volta para casa, pasmem!, o anão está lá no quintal. Fim.

À esta altura já seria de fácil dedução que, mesmo sendo extremamente otimista, ou a mostra de cinema escolheu aleatoriamente os filmes e, por obra do destino (ou da estatística), não conseguiu escolher sequer um curta meia-boca; ou os cineastas de "terror" do Paraná deveriam vender suas câmeras, queimar seus roteiros e desistir desta vida.

Entretanto, desgraça pouca é bobagem. O último filme não era um curta, mas quase um longa, e seu progenitor estava ali mesmo, na platéia. O sujeito então se levantou e, com o microfone que lhe foi dado, assustou-me terrivelmente com seu discurso. Apresentou-se como Semi Salomão, o diretor d'A Bruxa do Cemitério, e pôs-se a falar que este era o seu melhor filme, que continha uma forte crítica social (contra as drogas) e que, entre outras coisas, era também seu filme mais famoso, pois já havia sido exibido até no México -- imaginar a coisa dublada em espanhol me arranca algumas risadas de vez em quando.

Enfim, começaram a projetar a obra moralista que já iniciava com o título em vermelho e um pentagrama amarelo logo abaixo. O filme era narrado por ninguém menos que o próprio Salomão, o "ator" principal, em uma espécie de consultório psiquiátrico. Com uma atuação digna de uma criança de oito anos em uma peça de teatro escolar, nosso herói Semi (ou Semi herói, como queiram) põe-se a contar a história como se estivesse com o roteiro em mãos, lendo suas falas com ênfases desnecessárias e sem pausa alguma, enchendo o peito e proferindo suas frases até a última molécula de oxigênio em seus pulmões, tudo isso com a câmera enquadrando-o em vários ângulos, olhos cerrados, cabisbaixo e com o punho fechado para tornar a história ainda mais dolorosa e melancólica.

Então descobrimos, já horrorizados com a atuação inicial, que tudo começou em uma festinha, onde uns cinco amigos dançavam e pulavam na sala (um deles até sem camisa, tamanha empolgação) ao som de um techno extremamente alto. Eram três rapazes e duas moças, e elas, já bastante alegrinhas, vão juntas para o banheiro com um prato em mãos e nele despejam cocaína suficiente para causar overdose em pelo menos umas vinte pessoas. Mas elas são garotas inconseqüentes e desamparadas, sem formação familiar cristã e coisas assim, e então as duas, sozinhas, cheiram todo o pó e até lambem o prato ao atingirem o estado extático causado pela droga.

Por algum motivo que não me lembro agora e não importa muito, uma das garotas rouba a droga da outra, e aqui o diretor Semi (ou Semi diretor) nos está mostrando como agem os viciados, como eles são insaciáveis mesmo depois de uma dose cavalar. As duas infelizes se atracam puxando os cabelos até que os homens da festinha tentam separá-las. O leitor deve entender que quando se está sob o efeito das drogas as pessoas perdem o bom senso e a noção de realidade, então a garota que fora roubada, apesar de estar sendo segurada por um dos homens, consegue desferir uma voadora na outra, com as duas pernas -- e esta cena violentíssima é mostrada em câmera lenta --, o que faz a ladra cair por cima do sofá e MORRER!

Aparentemente a cocaína te dá super-poderes e um chute inocente como aquele, fruto da ira que só um viciado tem, pode ser fatal. Então o porta-voz da moralidade, Semi Salomão, agora como ator, entra em cena e faz o seu discurso, dizendo que a autora do round house kick era a culpada por tudo e que usar drogas é errado. Ele diz que ninguém acreditaria na história dela e nem na dos outros, pois eles tinham uma vida desregrada também; chega até a confessar, o que não faz o menor sentido na história, que ele era um ex-presidiário e que, por isso, não teria credibilidade com os policiais.

Sendo assim, todos concordam que a coisa mais correta a se fazer, tendo em vista que se trata de um filme sobre retidão de caráter e crítica social, é esconder o corpo da amiga em um local bem isolado e torcer para que ninguém jamais descubra o que aconteceu. Eles põem o cadáver enrolado num plástico dentro do porta-malas e partem por uma estrada de terra tentando encontrar um bom local para o enterro.

E aí o filme realmente começa, alternando entre a narrativa do consultório e as cenas da história, pois assim que eles enterram a moça, um deles já desaparece no meio do mato, outro vê seres estranhos na floresta e a garota assassina vê uma menina na ponte e sai correndo de medo -- embora a criança não fale nada e fique apenas parada, isto já lhe garante o título de melhor "atriz" deste filme.

Eles se enfiam no carro mas não conseguem encontrar o caminho de volta para casa, ficam dando voltas e voltas pelas estradas de terra de Apucarana e nada encontram. Em um dado momento eles perdem o carro, ou melhor, ele desaparece e, quando a noite cai, nos deparamos com uma das piores cenas e efeitos especiais que alguém já concebeu: uma mão gigante, azulada, translúcida, passa a perseguir um dos rapazes, que sai correndo em desespero, olhando para trás e gritando continuamente. São coisas sem sentido, aleatórias, que de tão ruins e mal feitas não assustariam ninguém se não fosse pelo volume altíssimo e pelo excesso de coisas que aparecem de repente.

Eu não vou falar sobre todas aparições de seres encapuzados, sons estranhos e efeitos especiais a la Chapolin, pois quando vai chegando na metade do filme, por algum motivo, o destemido Salomão acorda em casa e acredita que tudo aquilo foi um sonho. Ele pega o telefone e liga para os seus amigos, mas ninguém atende. Como o filme não poderia acabar assim, sem mais nem menos, embora este fosse o desejo de todos os espectadores, o narrador pega seu carro e volta para o lugar do enterro, fazendo com que a história comece DE NOVO!

Sim! O que é pior que um monte de cenas ruins? Vê-las mais uma vez, sem dúvida alguma.

E, de fato, várias coisas iguais acontecem, fazendo com que uns 70% do filme sejam compostos de cenas de "terror". O clímax é o momento em que se faz jus ao título, isto é, o justiceiro Salomão acaba dentro de um cemitério ucraniano e encontra, além dos seus amigos "possuídos" pela malevolência do local querendo matá-lo, a bruxa, sobre a qual eles já haviam sido alertados por um senhor numa casinha.

Ele não morre, claro, senão não estaria contando a história. Mas na última cena o transtornado Salomão perece em chamas ao ver que o doutor para quem ele narrava tudo aquilo era, na verdade, um ser do mal também. Ele dá um grito e pega fogo. Nem tentem imaginar a cena.

A lição de moral do filme, como vocês podem ver, vai longe: é o "diga não às drogas" mais longo, insuportável e porcamente dirigido/atuado/editado que se tem notícia. Prefiro acreditar que o que o Salomão quis passar foi uma ironia, uma mensagem inversa, pois é preferível afundar-se em meio quilo de cocaína a gastar pouco mais de 70 minutos de sua vida diante de tamanho mal gosto e atuações inspiradas em filmes pornô ou em episódios dos Power Rangers -- pois sempre convivi com a certeza de que estes super-heróis começaram a carreira atuando numa cama, se é que me entendem.

O que realmente me assusta não é o filme em si, mas sua repercussão. Logo depois de ter voltado da sessão traumatizante, eu fui pesquisar na internet sobre esta película trash e, ao que parece, os apucaranenses adoram este filme, tanto que encontrei algo além da minha compreensão: uma matéria da Gazeta do Povo sobre o filme intitulada "O Hitchcock do Paraná". Acredito que o título seja uma contração para "O Hitchcock lobotomizado, moralista, sem bom senso e disléxico do Paraná", pois é a única explicação plausível para tudo isso.

Àqueles que estiverem curiosos, peço que sejam fortes e que controlem o impulso de querer ver tal atrocidade cinematográfica. Se tal aviso não foi suficiente, há uma matéria de algum programa da globo sobre o filme: quem tiver olhos e coragem, veja. Há também várias matérias sobre o filme na internet, com relatos medrosos e nostálgicos dos protagonistas, além de autores de resenhas que, ao contrário do que eu disse aqui, chegam a enaltecer a "A Bruxa de Blair" tupiniquim.

Enfim, tem gosto pra tudo.

Eu prefiro o pó.
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Mensagem por Suicune Ter 12 Jan 2010 - 17:59

Fiquei curioso, queria ver esse filme!!!! Ser fosse ruím mesmo, ao menos me renderia algumas boas risadas!!!!

Por falar em filmes nacionais de 5º, recentemente vi um filme q é um sucesso no Maranhão!!! O nome dele é "Ai que vida!" e esta dividido em partes no You Tube pra qlq um q quiser ver... Ri pacas com ele!!!^^
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Mensagem por KamatsuKyoto Ter 12 Jan 2010 - 22:19

Fiquei curioso tb hehe.

Até onde eu sei os filmes do Ed Wood são os piores do mundo. Laughing
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Mensagem por Suicune Qua 13 Jan 2010 - 13:06

Quem é esse???
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Mensagem por Darthrafael Qua 13 Jan 2010 - 13:34

Ed Wood é um cara que adorava fazer filmes "B",tem até um filme do Jonhy Deep contando a vida dele.

já vi um filme dele que era de et,as naves espaciais eram dois pratos juntos,e dava pra ver um fiozinho segurando eles,e tem um personagem que é feito por dois atores,um alto,e um baixo,esse filme eu morri de rir!!!
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Mensagem por Suicune Qua 13 Jan 2010 - 13:39

Darthrafael escreveu:Ed Wood é um cara que adorava fazer filmes "B",tem até um filme do Jonhy Deep contando a vida dele.

já vi um filme dele que era de et,as naves espaciais eram dois pratos juntos,e dava pra ver um fiozinho segurando eles,e tem um personagem que é feito por dois atores,um alto,e um baixo,esse filme eu morri de rir!!!

Hmm, axo q nunca vi nenhum filme dele...
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Mensagem por Darthrafael Qua 13 Jan 2010 - 14:00

É dificil ver filme dele,vi um pq o meu avô tinha a fita de video.
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Mensagem por KamatsuKyoto Qua 13 Jan 2010 - 16:45

O pior dos filmes do Ed Wood é que eles eram "sérios".
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Mensagem por Luís Eduardo Qua 13 Jan 2010 - 16:57

Ed Wood coneguiu misturar E.T.'s, vampiros e zumbis na sua pior obra (e a pir da história do cinema)...
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